Consta que Shiva foi um bailarino nascido na civilização Harappiana e cujo feito teria sido realizar movimentos com o corpo inspirados na dança, alcançando com isso estados expandidos de consciência e fundando a filosofia que conhecemos com o nome de Yôga.
Na Índia, as práticas ascéticas (jejum, exercícios respiratórios, meditação) conviveram lado a lado com a dança. Segundo a história, o Yôga teve sua origem onde hoje está localizado a Índia e, culturalmente, onde se encontra a Civilização Harappiana ou Dravídica, ao longo do Vale do Indo, atual Paquistão. A tradição, as lendas e as antigas escrituras declaram que o Yôga foi criado por Shiva há mais ou menos 5000 anos.
Em um dado momento da história, há pouco mais de 2000 anos, o Yôga foi incorporado ao Hinduísmo como um dos seis pontos de vista, ou darshanas, graças à sistematização do Yôga Clássico perpetrado por Pátañjali. A palavra darshana tem origem na raíz verbal drish (ver), e tem como objetivo explicar o sentido da existência sob diferentes visões.A partir daí, Shiva passa a fazer parte do panteão hindu e ganha o título de deidade, entrando para a mitologia hindu. No entanto, para muitos praticantes de Yôga ele representa apenas a origem dessa filosofia, sendo um homem que nasceu, viveu e morreu na Índia Antiga reconhecido como o primeiro yôgi.
No hinduísmo Shiva faz parte da trindade hindu juntamente com Brahma e Vishnu, sendo o aspecto destruidor ou transformador, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de renovador. As primeiras representações surgiram no período Neolítico (em torno de 4000 a.C.) na forma de Pashupati, o Senhor dos Animais. A criação do Yôga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele.
Texto escrito por Naiana Alberti (Casa Rio Branco – Filosofia & Estilo de Vida)
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